Guacamole, e como os amigos são o mais importante

  

 

Simples, delicioso e com fruta da época – o guacamole não engana nem desilude, e faz sucesso em qualquer mesa

Reunir os amigos com o pretexto de ver o Portugal-Gana; por vezes precisamos de arranjar pretextos, mesmo que sejam frouxos para reunirmos aquelas pessoas tão ou mais importantes do que a família.

Embora seja bom, eu sou da opinião que os melhores convívios acontecem quando são inesperados, quando de um telefonema nasce a pergunta “Estás por casa? Sim!? Então vou fazer umas bolachas e apareço ai. Chama quem estiver disponível! Até já!”.

Ao contrário da família, os amigos não se escolhem, embora todos nós temos aquele amigo de muitos anos, que já nem nos lembramos de onde, que é de toda a vida, tal e qual que nem um irmão.
E no meu caso, eu mantenho os meus amigos porque cozinho muito bem – afinal, para conquistar alguém começa-se pelo estômago 😉

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Adoro guacamole! Da primeira vez que experimentei fiquei logo fã desta mistela pastosa verde com apontamentos vermelhos e que se come com nachos.
Além de ser simples e deliciosos, estamos na altura dos abacates! Por isso, encontramos esta fruta maravilhosa a um preço muito agradável, e de origem nacional.

Guacamole

3 abacates
Sumo de 2 limas
2 tomates chucha
1 cebola pequena
2 malaguetas vermelhas
1 malagueta verde
Sal q.b.

Cortar os abacates ao meio, e com a ajuda de uma colher retira-se o recheio; com um garfo, esmaga-se até obter uma pasta com alguns grumos, adiciona-se o sumo do limão e reserva-se.
Com uma faca, picam-se os tomates e a cebola em cubos pequenos, e as malaguetas sem pevides.
Misturar e provar- se necessário, tempera-se com sal e leva-se ao frigorifico por 1 hora, só para ficar fresco.
Servir com nachos, de preferência sem sabor, para que o que sobressaia seja o guacamole.

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Caril de legumes – Meatless Monday #14

Hoje é Segunda-Feira e o prato que temos é bem colorido e apaladado. Delicioso e muito simples de fazer. Caril de Legumes é a sugestão para mais uma Meatless Monday.

Já conhecem a minha paixão por courgette, faço-a de mil e uma maneiras, quase como o bacalhau, e nem por isso ainda me fartei delas. E no auge desta minha paixão, eis senão quando a minha avó me trouxe, do seu quintal, cerca de 20 courgettes. Sim, 20! E não são pequenas, são daquelas enormes, de tamanho semelhante a tacos de baseball – e não, não estou a exagerar (muito).
Bem, resta-me passar os próximos dias a cortar, descascar, espiralizar e cozinhar courgette, e das melhores maneiras que arranjar.

Um dos pratos que fiz, e que vou repetir muitas vezes porque adoro, é caril de legumes: junta-se de tudo e num instante temos uma refeição muito saudável e tão deliciosa que só queremos repetir mais e mais.
E agora que já é a 13ª segunda feira em que opto por pratos sem carne, posso dizer-vos que consumir mais vegetais é uma questão de hábito. Não pensem que e monótono, que só se comem saladas e couves – há imensos pratos deliciosos, cheios de cores e sabores. A nossa saúde e o ambiente agradecem 🙂
Tenho feito uma média de 5 refeições sem carne por semana, variando entre almoço e jantar, e é possível!

Caril de Legumes

1/2 courgette
2 cenouras
1 talhada de abóbora (grossura de 2 dedos)
1/2 pimento vermelho
1 talhada grossa de pimento verde
1 malagueta vermelha
1 cebola pequena
1 pedaço de alho francês(só da parte branca)
1 col.chá de gengibre ralado fresco
2 col.sopa de talos de coentros picados
2 col.chá de caril em pó
1 col.chá de noz moscada
1 col.chá de pimenta rosa moída
1 col.sopa de creme vegetal para cozinhar ou de óleo de côco
6 col.sopa de leite de côco
Cortar todos os vegetais em cubos. Na frigideira, começa-se por colocar a gordura, a cebola, o alho francês, a malagueta, os talos dos coentros e o gengibre, e leva-se ao lume alto.
Juntam-se as especiarias e deixa-se fritar até que comece a pegar. 
Adicionam-se os restantes legumes e 1 col.sopa de água – baixa-se o lume, tapa-se e deixa-se cozinhar por uns 5 minutos.
Adiciona-se o leite de côco, mexe-se bem e tapa-se novamente, deixando cozinhar por 5 minutos. 
Rectificam-se os temperos, e se acharem que tem pouco molho, adicionem mais leite de côco.
Eu servi com lentilhas cozidas, mas podem optar pelo tradicional arroz basmati.

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Manteiga de Amendoim {caseira}

Finalmente decidi-me a fazer em casa a coisa que mais adoro neste mundo todo – MANTEIGA DE AMENDOIM!

Confesso que não sou uma moça fácil. É isso mesmo, leram bem, vou falar um pouco sobre mim. Não costumo, e penso que não devia, mas há dias em que me apetece escrever, e muito (é uma coisa que adoro fazer), e pensei “bem, antes escrever e ver se alguém comenta e dá bitates, do que escrever no Word e esperar que me dê na neura para apagar do pc.”
É assim, eu sou muito crítica. Pronto, já disse. É defeito e feitio, critico tudo e ando sempre de pé atrás. Embora possam pensar – “olha, lá porque andas com o nariz colado ao tecto não quer dizer que possas criticar a torto e a direito”, digo-vos eu que esta minha faceta se revela muitas vezes útil. Se há pessoas que apanham desilusões na vida por se iludirem com o lado multi-color cheio de póneis e unicórnios das pessoas, eu como não vejo esse lado, poupo-me a muitos dissabores. Aprendi com as minhas experiências – pronto 23 anos não dão muitas, mas são as que tenho e as que vivi.
Tendo a duvidar, a achar mal e a criticar tudo quanto não conheça – mas mal comece a tomar conhecimento sério das coisas, caiem as barreiras.
É isto, a Ovelha Negra que conhecem como a figura de pelagem preta, que carrega um bolo todo fofo, faz de facto bolos fofos na vida real, mas também tem um feitio de mete medo – vá nos dias maus. Nos dias bons critico mas muno-me de sarcasmo daquele cheio de piada.

Ora bem, hoje calha ser feriado aqui nas terra desérticas da margem sul, dia de São João – coincide também com as festas pagãs mais antigas de Portugal, que se dão no dia deste Santo, na terra da minha mãe; festas das quais morro de saudades, mas isto tá chato para largar os estudos e rumar ao Ribatejo.
Este é o meu guilty pleasure,aquela coisa que como que nem um alarve. É verdade, não é uma imagem bonita, mas eu e manteiga de amendoim faz uma reacção explosiva (exactamente nas minhas ancas, que não gostam da explosão de gordura que acontece.
Ainda cá por Portugal só se via manteiga de amendoim na televisão ou esporadicamente nas parteleiras do Pão de Açúcar, já eu me relacionava muito bem com esta menina – dá-se o facto de ter primos nos EUA que além de um par de Levis de vez em quando, alimentavam aqui a gorda com potes de manteiga de amendoim.
Prafiro a de compra, sou sincera, mas para as bolachas e bolos, a manteiga feita em casa fica muito mais intensa, e o sabor nem se compara.
Tinha pensado em usar amendoins “au naturel”, mas experimentei com amendoins salgados e ficou bem melhor – o bom da manteiga de amendoim é o contraste agre e doce, e quem sou eu para alterar a ordem natural dessas coisas.
Juntei um pouco de mel para caramelizar os amendoins, e ficou muito agradável.

Manteiga de amendoim

250g de amendoins salgados
2 colheres de sopa de xarope de ácer
1 col.chá de óleo vegetal

Espalhar os amendoins sobre um tabuleiro e salpicar com o xarope de ácer – levar ao forno para que torrem. 

Colocar num robot de cozinha – 1-2-3, liquidificador, picadora, etc – e triturem. vão interrompendo para calcar os amendoins e adicionar algum óleo se acharem necessário.

Não fica super cremosa – mas isso eu acho que se deve à minha picadora ser fraquinha – mas fica bem boa.
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Palitos de batata doce no forno

O acompanhamento mais que perfeito para tanto pratos. São batatas, mas são doces, e as melhores para quem quer emagrecer. Saudáveis, saborosas e melhores que as batatas normais 🙂

Primeiro que tudo, bem sei que no meio dos palitos de batata doce estão palitos de courgette – não perdi o juízo, simplesmente eram palavras a mais para pôr no título e na fotografia. Preguiça, é isso. 
Têm aqui um acompanhamento muito fácil e muito saboroso. Incrível como só com vegetais se consegue fazer uma refeição – se me tivesse apanhado sozinha com estas batatas e courgettes eram o meu jantar, sem necessidade de mais nada. Mas pronto, não vivo sozinha, e estes palitos voaram em menos de nada. E lá serviram de acompanhamento a uma carne assada.
2 batatas doces
1 courgette
Azeite
Sal 
Oregãos

Pré-aquecer o forno a 200ºC.
Partir as batatas e as courguettes em palitos com a grossura de um dedo. 
Numa taça, misturar com o azeite, o sal e os oregãos.
Num tabuleiro, dispôr os palitos bem espalhados sem que se sobreponham.
Levar ao forno até que os palitos aparentem estar com uma camada crocante e seca por fora.

(Cuidado com o sal, porque a courgette tende a absorvê-lo quase todo.)

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Molho de tomate – Meatless Monday #12

Pela primeira vez trago-vos não um prato, mas um molho que é a base de muitas receitas. É pelas coisas simples que se começa 🙂

 O meu pai não gosta de tomate cozinhado. É verdade, que coisa estranha, mas ele não gosta nada mesmo, nem do cheiro, por isso cozinhar com tomate fica sempre relegado para as ausências dele. O facto é que nem estou habituada a comer comida com tomate – com isto leia-se com polpas e concentrados de tomate – nunca comprei, e não consigo apreciar o seu sabor – cá em casa, quando se cozinha com tomate, cozinha-se com tomate verdadeiro. Agora tomate cru, isso cá em casa come-se a tralhão!

Parece mentira, mas eu não sabia até à uns tempos como cozinhar com tomate. Como a minha mãe fazia comida para todos e nela não entrava tomate, nem sabia como cozinhá-lo. A partir do momento em que comecei a cozinhar para mim e mais a sério, acabei por introduzir o tomate nos meus pratos, mas confesso que em poucos pratos. 
Os pratos de massa cotumam fazer-se com molho bechamel ou com azeite aromatizado. Isso era até agora! Comecei a fazer este molho super simples e rápido de tomate! Tão delicioso e aromático que invade a cozinha com um cheiro inacreditável.
Quando digo simples, digo que se faz com apenas 6 ingredientes e nada mais – e nesse número já se incluem os temperos e o azeite.
Guarda-se no frigorífico, em frascos bonitos, e aguenta bastante tempo. Para massas, pizas, lasanhas – o que vos apetecer! Este molho conquistou-me e arrebatou-me!
Ingredientes, para 1 frasco grande:
6 tomates congelados
1/2 pimento vermelho
1/3 pimento verde
2 alhos
2 col.sopa de açúcar
Azeite
Oregãos, sal, pimenta 

Nota: A utilização dos tomates congelados é muito vantajosa – desta forma a água que está congelada liberta-se durante a cozedura, pelo que não será necessário adicionar água durante a confecção do molho.
Demolha-se os tomates em água quente por uns segundos e retiram-se as peles. De seguida, cortam-se em pedaços, bem como os pimentos e os alhos. 
Colocam-se numa frigideira com um pouco de azeite, sal, pimenta e uma quantidade generosa de oregãos, e leva-se a lume brando.
Quando começar a borbulhar, junta-se o açúcar e mexe-se bem – o açúcar corta a acidez do tomate, e não se preocupem que o molho não fica doce.
Desliga-se a frigideira do lume quando virem quem o preparado, ainda se mantendo vermelho, está quase cozinhado (como na imagem acima).
Transferir o preparado para um liquidificador e triturar até que se obtenha um molho cremoso.
Guardar num frasco hermeticamente fechado no frigorífico ou congelar porções nas couvettes de gelo.
Assim, temos molho de tomate sempre à mão, simples, rápido e tão mais saudável do que as polpas de compra.
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