Scones de Aveia (sem manteiga)

 

  

 Sabem, aquela sensação de ficar na cama na ronha, e depois levantar com calma, ir tomar um pequeno almoço reforçado? É a minha sensação favorita. E se for a vossa também, estes scones são a melhor opção – para um pequeno almoço com mais tempo, diferentes sabores e texturas para quebrar a rotina.

Não passar a manhã na cama, levantar um bocadinho mais tarte do que o normal mas ainda com tempo para fazer coisas diferentes – fazer uns scones, um sumo de laranja, pega num bom livro ou numa revista e ir para o jardim/varanda/terraço/cantinho preferido da nossa casa e usufruir – este é o meu plano preferido.

Estes scones não são muito bonitos, não são decadentes embora tenham um sabor muito agradável, e têm uma textura estranha. Mas devem experimentá-los mais que não seja porque não têm manteiga. É verdade, ando mesmo a cortar na manteiga, e saber que é possível e que as receitas ficam boas dá-me mais vontade de continuar – desde bolachas, a brownies e agora a scones, a batalha contra a manteiga vai continuar – salvo nas receitas que têm de ser feitas como manda a lei e por isso cheias de manteiga.
 
 

Acompanhei estes scones pequeninos e diferentes com doce de damasco – o doce foi feito em casa com damascos do meu quintal (a minha pequena árvore cresceu e como resultado tive damascos cá em casa que nunca mais acabavam)- cuja acidez contrastou na perfeição com a doçura disfarçada da aveia.

 
Ingredientes:
1 iogurte natural
1 chávena de farinha
1 chávena de flocos de aveia
1 col.sopa fermento
3 col.sopa de leite
2 col.chá de açúcar amarelo

Pré-aquecer o forno a 200ºC
Misturar todos os ingredientes secos; adicionar por fim o iogurte e o leite e misturar com uma colher – não misturar demasiado para que os scones não fiquem emborrachados – a massa deve ficar com alguns grumos.

Estender a massa e cortar pequenos círculos. Levar ao forno, polvilhados com açúcar, até que fiquem dourados.

Comê-los ainda mornos, simples, com doce, com chocolate. São deliciosos assim.
Nota: quando frios a consistência é esquisita, mas eu gostei deles até.


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Manteiga de Amendoim {caseira}

Finalmente decidi-me a fazer em casa a coisa que mais adoro neste mundo todo – MANTEIGA DE AMENDOIM!

Confesso que não sou uma moça fácil. É isso mesmo, leram bem, vou falar um pouco sobre mim. Não costumo, e penso que não devia, mas há dias em que me apetece escrever, e muito (é uma coisa que adoro fazer), e pensei “bem, antes escrever e ver se alguém comenta e dá bitates, do que escrever no Word e esperar que me dê na neura para apagar do pc.”
É assim, eu sou muito crítica. Pronto, já disse. É defeito e feitio, critico tudo e ando sempre de pé atrás. Embora possam pensar – “olha, lá porque andas com o nariz colado ao tecto não quer dizer que possas criticar a torto e a direito”, digo-vos eu que esta minha faceta se revela muitas vezes útil. Se há pessoas que apanham desilusões na vida por se iludirem com o lado multi-color cheio de póneis e unicórnios das pessoas, eu como não vejo esse lado, poupo-me a muitos dissabores. Aprendi com as minhas experiências – pronto 23 anos não dão muitas, mas são as que tenho e as que vivi.
Tendo a duvidar, a achar mal e a criticar tudo quanto não conheça – mas mal comece a tomar conhecimento sério das coisas, caiem as barreiras.
É isto, a Ovelha Negra que conhecem como a figura de pelagem preta, que carrega um bolo todo fofo, faz de facto bolos fofos na vida real, mas também tem um feitio de mete medo – vá nos dias maus. Nos dias bons critico mas muno-me de sarcasmo daquele cheio de piada.

Ora bem, hoje calha ser feriado aqui nas terra desérticas da margem sul, dia de São João – coincide também com as festas pagãs mais antigas de Portugal, que se dão no dia deste Santo, na terra da minha mãe; festas das quais morro de saudades, mas isto tá chato para largar os estudos e rumar ao Ribatejo.
Este é o meu guilty pleasure,aquela coisa que como que nem um alarve. É verdade, não é uma imagem bonita, mas eu e manteiga de amendoim faz uma reacção explosiva (exactamente nas minhas ancas, que não gostam da explosão de gordura que acontece.
Ainda cá por Portugal só se via manteiga de amendoim na televisão ou esporadicamente nas parteleiras do Pão de Açúcar, já eu me relacionava muito bem com esta menina – dá-se o facto de ter primos nos EUA que além de um par de Levis de vez em quando, alimentavam aqui a gorda com potes de manteiga de amendoim.
Prafiro a de compra, sou sincera, mas para as bolachas e bolos, a manteiga feita em casa fica muito mais intensa, e o sabor nem se compara.
Tinha pensado em usar amendoins “au naturel”, mas experimentei com amendoins salgados e ficou bem melhor – o bom da manteiga de amendoim é o contraste agre e doce, e quem sou eu para alterar a ordem natural dessas coisas.
Juntei um pouco de mel para caramelizar os amendoins, e ficou muito agradável.

Manteiga de amendoim

250g de amendoins salgados
2 colheres de sopa de xarope de ácer
1 col.chá de óleo vegetal

Espalhar os amendoins sobre um tabuleiro e salpicar com o xarope de ácer – levar ao forno para que torrem. 

Colocar num robot de cozinha – 1-2-3, liquidificador, picadora, etc – e triturem. vão interrompendo para calcar os amendoins e adicionar algum óleo se acharem necessário.

Não fica super cremosa – mas isso eu acho que se deve à minha picadora ser fraquinha – mas fica bem boa.
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Chocolate chip cookies

Um clássico americano, uma das primeiras receitas que publiquei no blog. Voltei a fazer a receita original, com todo o açúcar, manteiga e pepitas do costume, para ensinar um amigo.

{scroll down for english version} 

Decidi republicar a receita porque agora já tenho fotos melhores, mais deliciosas e apelativas – porque afinal, os olhos também comem; e também porque o meu amigo PP merecia que o post das bolachas falasse dele.

O PP entrou à pouco tempo no meu círculo de amigos, mas é daqueles que vai ficar pra vid. Os seus dotes culinários não são muitos, mas ele é persistente – no meu aniversário fez-me umas cookies, e apesar de toscas estavam muito boas. Então, o Pp que é um rapaz orientado, pediu-me aulas de culinária – e claro que eu acedi!

D primeira aula não tenho registo fotográfico nem dos pratos nem do Pp de avental a cozinhar, mas não achem que isso se deve ao facto de ele se ter saído mal – nada disso! Fizemos strogonoff, batata assada no forno, salada de tomate, arroz branco e um crumble de damascos.

A segunda aula foi dedicada às maravilhas americanas – as cookies e brownies.
Para aprender temos de fazer as receitas originais, com tudo a que se tem direito – manteiga, açúcar, pepitas – para mal dos meus pecados e da minha “dieta”. Mas valeu tanto a pena!

 
Chocolate chip Cookies
310g de farinha com fermento
1 col. chá de fermento
1 col. chá de sal
150g de manteiga amolecida
180g de açúcar amarelo
2 ovos
1 chávena média de pepitas de chocolate ou chocolate negro partido em pedaços

Pré-aquecer o forno a 200ºC.
Começa-se por misturar numa taça a farinha, o fermento e o sal. Noutra taça bate-se a manteiga, o açúcar e os ovos.
Por fim, mistura-se, alternadamente, os ingredientes secos inicialmente misturados e as pepitas ou chocolare
Para dar forma às bolachas, basta deixar cair uma colherada de massa (colher de sopa) no tabuleiro, deixando espaço entre as bolachas.  Cozer até que as pontas fiquem douradas.
Retirem-nas do forno e deixem arrefecer sobre uma grelha, ou então sobre papel vegetal.


Se pensar fazer um workshop, podia contar convosco?

(o meu amigo PP)
(my friend PP)
 
{English version}
A friend of mine wanted some cookig lessons, and for the second on we have an american class: cookies & brownies. My diet din’t enjoy much but it was worth it. Since the phtos turned out way better than the firsts, I repost this recipe, aalso as a tribute to my friend PP who was such a great student.

Chocolate chip cookies
 
2 1/4 cups all-purpose
flour
1 teaspoon baking soda
1 teaspoon salt
1 cup  butter,
softened
3/4 cup granulated sugar
3/4 cup packed brown sugar
1 teaspoon vanilla
extract
2 large eggs
1 ½ cups of semi-sweet
chocolate chips
Preheat the oven.
Combine flour, baking soda and
salt in small bowl. Beat butter, granulated sugar, brown sugar and vanilla
extract in large mixer bowl until creamy. Add eggs, one at a time, beating well
after each addition. Gradually beat in flour mixture. Stir in the chocolate chips
and nuts. Drop by rounded tablespoon onto ungreased baking sheets. 
Bake for 9 to 11 minutes or
until golden brown. Cool on baking sheets for 2 minutes; remove to wire racks
to cool completely. 

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Tarte de damascos e cerejas

Associamos as tartes ao inverno, quando sabe bem aquecer a casa com o calor do forno. Mas é no Verão, com as frutas mais sumarentas e coloridas, que as tartes são mais apreciadas.

Vi esta receita num dos blogs estrangeiros que sigo – o Sally’s Baking Addiction. Pode parecer mal o que vou dizer, mas a verdade é que no que toca a fotografias maravilhosas e receitas incríveis, os norte-americanos e os ingleses já dominam a coisa à mais tempo – a pioneira foi a Martha Stewart com o seu milionário império. 
Contudo, acho que por cá estão a nascer e a desenvolverem-se blogs cada vez mais bonitos e originais, e isso é uma coisa boa 🙂
A “concorrência” faz-nos inovar e melhorar, por isso gosto de a ter. Faço por escrever melhores posts, tirar melhores fotografias, trazer melhores receitas – sempre melhores que as anteriores – e acho que isso se tem vindo a notar.
Mesmo com esta minha incursão por um estilo de vida mais saudável, acho que só ganhei eu, a nível pessoal, e vocês que me lêem, pois encontram receitas diferentes e deliciosas (e apelativas aos vossos olhos, acho eu).
Sou muito perfeccionista com algumas coisas, e uma delas é as fotografias que ponho no blog. Por receita, tiro uma média de 15 fotografias, e só vêm aqui aquelas que ficam mesmo tal e qual como quero. Se calho ter o azar de nenhuma das fotografas ficar aceitável – como acontece quando faço pratos à noite, e a luz artificial mete medo, e o flash é de fugir – nem sombra da receita aparece aqui. 
Olhando para trás, dá-me vontade de apagar metade dos posts, mas não o faço porque assim consigo ver o quanto evoluí; e isso deixa-me muito satisfeita.
Espero que esta constate aprendizagem seja visível desse lado, e que vos agrade tanto (ou mais, que eu tenho um lado negativo sempre a puxar para baixo) como a mim.
***
Adoro tartes, destas com um aspecto caseiro, cujo recheio explode por entre o rendilhado de massa – as típicas “pies” americanas. Nas minhas viagens aos Estados Unidos pude comer muitas tartes, e devo dizer-vos, são mesmo boas – tal e qual como vemos os filmes: lindas, maravilhosas, brilhantes e a fumegar.
Ai ai, saudades.
Tenho árvores de fruto aqui pelo quintal, e agora é que começam a dar. Para esta tarte, aproveitei a enchente de damascos – basicamente comi damascos ao pequeno almoço, ao lanche, a toda a hora, fizeram-se 2 panelas de compota, 1 crumble enorme, e ainda sobrou – e decidi-me a fazer uma tarte à moda americana.
E sim senhor, fui buscar a receita original, não inventei nem tirei manteiga nenhuma e não fiquei com remorsos deste meu devaneio. 
E se valeu a pena! Esta tarte é para repetir muitas e muitas vezes
Ver receita original aqui.
Ingredientes:
Massa
315g de farinha com fermento
1 col.chá de sal
240g de manteiga
160ml de água gelada 
A água tem de ser mesmo fria, saída com frigorífico – segundo a autora da receita, só assim se consegue que a massa fique crocante depois de cozinhada. E se ela diz, eu acredito!
Começa-se por misturar a farinha com o sal. Junta-se a manteiga partida em cubos, e com um garfo, vai-se desfazendo com a farinha, até que fiquem apenas uns. Gradualmente, junta-se a água e vai-se mexendo até obter uma massa homogénea. 
Dividir a massa, e levar ao frigorífico por cerca de 2 horas (podem fazer a massa de véspera, que ao arrefecer trabalha-se muito bem).
Recheio
15 damascos, descascados e partidos em quartos
1 chávena de cerejas, sem caroço, partidas em metades
5 col.sopa de açúcar amarelo
1 col.café de noz moscada
1 col. chá de canela
2 col. sopa de farinha de arroz ou de maizena
Tratar da fruta, e misturar com os restantes ingredientes – reservar numa taça, e vamos tratar da massa!
Numa superfície enfarinhada, esticar a massa até que fique com a espessura de 3 mm. Dispor sobre a tarteira e cortar à medida.
Com o resto da massa, cortam-se tiras, com a espessura de 1 dedo, que vão servir para colocar por cima da tarte.

Dispor o recheio sobre a tarteira, e por cima, entrelaçar as tiras de massa.
Levar ao forno pré-aquecido, a 230ºC, até que a massa esteja dourada e crocante.

  

Deixar a tarte arrefecer por 2 horas antes de a comer.

Parece bem não parece? Decadentemente deliciosa!
É obrigatório experimentar!
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Frango com crosta de sementes

Uma alternativa aos panados, mais aromáticos, mais macios, mais tudo para mim 🙂

Há dias em que quero inovar, mas simplesmente abro o frigorífico e constato que nem fome tenho – e acabo a comer uma taça cheia de tomate, ervas, queijo e sementes. Ora porque está calor, ora porque nem estou muito inspirada – porque sim adoro cozinhar, mas há dias em que nem perto da cozinha me chego.
Mas há dias em que tenho de cozinhar mesmo, e como me conheço muito bem, sei e posso dizer-vos: trabalho é bem sobre pressão. E naquela pressão de ter de gastar bifes de frango e ter de fazer almoço para a minha irmã que está estudar, safei-me com estes crocantes.
Parecem panados, mas por debaixo de uma crosta bem aromática de sementes esconde-se uma fina camada de mel, que faz toda a diferença.
Foram feitos na frigideira, com apenas um toque de gordura, mas tudo indica que no forno também funcionam

Ingredientes:
2 bifes de frango cortados em tiras largas
1 col.sopa de sementes de abóbora 
2 col.sopa de linhaça
1 col.chá de pimenta rosa em grão
Sal e pimenta
Mel
Na picadora, desfazer em pó as sementes, a pimenta rosa, o sal e a pimenta.
Passar os bifes de frango por mel, e depois pela mistura das sementes.
Aquecer uma frigireira anti-aderentes, passar um pouco de gordura, e cozinhar os pedaços de frango, virando com cuidado para que não se despeguem as sementes.
Para uma confecção mais saudável (que não pude experimentar porque o tempo era pouco), optem pelo forno: colocam-se os pedaços de frango já preparados sobre papel vegetal, e levam-se ao forno – estarão prontos quando ficarem dourados.
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