Tarte de amoras silvestres – Ovelha Negra ft. Mariza Seita Photography

A felicidade de se terem boas ideias numa conversa por Facebook, amigos talentosos, e uma colaboração fotográfico-culinária que nunca se viu igual.
Fundamentalmente a mais que obrigatória Tarte de amoras, com as mais belas fotografias que este blog já viu.

 Nunca me senti tão feliz, tão realizada, tão preenchida. Cada vez mais tenho a certeza absoluta de que só serei inteiramente realizada se puder cozinhar todos os dias. Não me sinto assim quando estou por cá sozinha, de volta dos tachos e das panelas – há dias até em que me sinto medonha e aborrecida. Mas estes dias não suplantam os outros, em que a adrenalina de experimentar coisas novas, de fazer pratos bonitos e de me exceder a cada passo me fazem apaixonar ainda mais por esta arte que é a cozinha.
E se há lá coisa que levanta mais o ego do que uma amiga, que por acaso é fotógrafa, vier falar connosco sobre outra coisa, e passados uns 10 minutos, de conversa apressada (tal o volume de ideias que nos ocorrem), acabamos por acordar uma sessão fotográfica de mim e dos meus cozinhados.
A Mariza foi minha colega de liceu. Nunca andamos na mesma turma, mas como somos miúdas cheias de pinta, topámos-nos à distância e pronto, as amizades nascem assim.
Não tenho um adjectivo só para a descrever, pois seria absurdamente redutor. Pensem em alguém que tem talentos vários, todos em doses massivas, e que faz vida das suas paixões: as tatuagens, a fotografia, o desenho, a música, as t-shirts… Tantas coisas! E sem nunca perder o gosto e o total empenho por cada coisa.
Este post de hoje foi inteiramente fotografado pelas lentes da Mariza, abrilhantado pelo seu sentido estético, que busca em qualquer lugar coisas fotografáveis e maravilhosas.
Nunca tive fotos tão bonitas no blog.
Vão por mim, sigam a Mariza em tudo, e não se vão arrepender.
Hoje deixo-vos a tarte, mas mais coisas se cozinharam neste dia. 
Vejam a sessão pela olhar da Mariza aqui. 
 
Tarte de amoras
Mestria culinária da Ovelha Negra | Domínio absoluto das lentes e da fotografia  por Mariza Seita Photography
Pré-aquecer o forno a 200ºC
 
 
 
Massa
(receita para 2 bases)
315g de farinha com fermento
1 colher de chá de sal
240g de manteiga
160ml de água gelada 
 
Começa-se por misturar a farinha com o sal. Junta-se a manteiga partida em cubos, e com um garfo, vai-se desfazendo com a farinha, até que fiquem apenas uns. Gradualmente, junta-se a água e vai-se mexendo até obter uma massa homogénea.
Dividir a massa, e levar ao frigorífico por cerca de 2 horas (podem fazer a massa de véspera, que ao arrefecer trabalha-se muito bem).
 
 
Recheio
500g de amoras
4 colheres de sopa de limão
3 colheres de sopa de açúcar mascavado
Numa taça, envolver todos os ingredientes.
Estende-se a massa, forra-se uma tarteira e coloca-se o recheio.
 
 
 
 
Estende-se mais um pouco de massa, e cortam-se tiras do mesmo tamanho e largura, que se interlaçam sobre a massa, criando o rendilhado tão típico destas “pies”.
Enrolar as pontas sobrantes com o excesso da massa, no sentido ascendente, que fique com a altura de um dedo.
Levar a tarte ao forno, com o calor por cima e por baixo, com a ventoinha ligada, por cerca de 20 minutos. Retirar de imediato do forno, polvilhar com açúcar mascavado e deixar arrefecer (longe do alcance de gatos mais atrevidos)
  
 
 
 
 
 
Estas amoras são ainda mais deliciosas, não tivessem sido elas apanhadas por mim e pelo meu namorado, ali na na zona de Coja – ficamos todos arranhados e a arrancar espinhos durante o resto do dia, mas valeu bem a pena.
Sem dúvida, uma tarte deliciosa, e tanto a Mariza como os demais adoraram-na! Houvessem mais amoras. A tarte desapareceu em menos de 4 horas. Bom sinal não?
 
Resta-me agradecer muito muito à minha querida Mariza, que é mesmo uma rapariga estupenda, talentosa, gira que se farta e que tornou um dia de cozinhados banalíssimo numa experiência arrebatadora.
Mariza Seita

17 thoughts on “Tarte de amoras silvestres – Ovelha Negra ft. Mariza Seita Photography

  1. Amei! Já tinha visto fotos da Mariza no face e fiquei fã. Dá-lhe os parabéns pois é muito talentosa.
    Adorei também a tarte que ficou linda de morrer! Também fui às amoras esta semana, tenho os braços todos arranhados 🙂 mas vale bem a pena.
    Bjs

    1. Ela é mesmo incrível! Vou transmitir-lhe os teus parabéns 🙂
      Se vale! Uns arranhões em troca de amoras é um negócio que não se recusa – e depois fazer uma tarte com elas, muito menos. Beijinho

  2. Excelente sem duvida nenhuma tanto a tarte como as fotografias… Adorei e acima de tudo adorwi conhecer quem esta por trás do blog….

    Minha linda, eu já te vi e foi em Coja mesmo, isto porque eu sou de Coja e quando olhei para a tua foto pensei… Eu já vi este rosto antes… Claro que depois de ler o texto ficou esclarecido.

    http://maguienacozinha.blogspot.com

    Beijocas

    Margarida

  3. Que coincidência tão engraçada! Gostei muito de Coja, e ainda mais das amoras que resultaram tão bem nesta tarte.
    E lembrava-se da minha cara 🙂 Se me vir de uma próxima vez, chame por mim que iria adorar conhecê-la 🙂 Um beijinho

  4. Humm até apetece comer 😀 estão de parabens, tanto a cozinheira como a fotografa! As fotos estão lindaas e a tarte ajuda mt 😉 é mais um sucesso para juntares aos muitos que já tens e pude comprovar 🙂 Muitos Bjinhoss

  5. Que girooo! Lattice nas tartes = infância. Principalmente com amoras. NÃO te esqueças de a pôr no parapeito na janela a secar. Não interessa se o pateta-que-voa-por-causa-do-cheiro-que-vêm-da-tarte a comer – é obrigatório!!!
    As fotos estão todas mesmo giras 🙂 Gostei de ver 🙂

    1. Deixar arrefecer as tartes no parapeito da janela já é uma tradição, mesmo que isso signifique que a mesma seja atacada por gatos atrevidos e sedentos de sobremesa.
      Achava eu que ia afugentar a clientela aqui da chafarica 😉

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